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Esse texto nasce junto com a indignação que vem crescendo dentro de mim e de outros companheiros. Esta indignação arde como fogo ao ver todos esses jovens sendo consumidos pelo conformismo que a vida universitária proporciona, ao ver que essa juventude já se esqueceu de tudo o que aconteceu para estarmos ocupando uma vaga na universidade publica, que não pensa o quanto podemos fazer para que mais jovens possam vir a adentrar no mundo universitário publico.
Muitos aqui serão educadores logo mais, pois bem, então porque não começam a pensar o como podemos revolucionar o sistema educacional imposto pelo governo, sim, revolucionar, pois como educadores, seremos revolucionários constantes dentro de salas de aulas, articulando com mentes brilhantes, com um imenso poder de sonho, mas que são hoje massacrados cada vez mais pela imposição do sistema tecnológico, consumidos um a um pelo sistema capitalista, desistindo de sonhos para adentrar o ambiente mortífero de uma fábrica, para receber um misero salário que tem que dividir coma família e sustentar suas compras tecnológicas e até mesmo seu consumo de entorpecentes para esquecer a dor da exploração, o que não passa de uma ilusão, isso para não dizer da violência sofrida pelos mesmos por suas famílias que lhes impõe um padrão de vida desde que nascem, sendo assim ensinados a já nem sonharem com um estudo superior de qualidade.
E quando eu olho para as pessoas dentro deste campus, as vejo simplesmente mortas, caminhando como formigas que não param nem para dizer um “bom dia”, um “boa noite”, que não se relacionam, a não ser para dividir “unzinho”, sim porque isso liberta a mente! Liberta? Do que? A liberdade que precisamos nós conquistaremos sim, mas de outra maneira, através do movimento estudantil, já é passada a hora de reviver o movimento universitário, temos muitas instituições que podem nos auxiliar na luta pelos direitos dentro da faculdade, e ainda mais, espalhar pela comunidade muitas idéias, podemos agir através de movimentos comunitários, dentro das escolas de bairros pobres, com projetos de inclusão a vida política, política de juventude, é isso que precisamos voltar a enxergar. Escrevam, pensem, divulguem, sem medo, sejam criticados, critiquem, mas não parados, parados nunca! Muitos podem não gostar deste texto, mas eu tentei, e sei que em alguns, deixarei uma pulga a incomodar. Vocês vão incomodar, ou serem consumidos pelo conformismo!?
Paz, amor, cultura e revolução!
05/04/2011
Ulysses R. Siqueira (Shakur)
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